Castelo de cartas
De tanto empilharmos sonhos
tentamos alcançar o céu
Construimos algo grande
Baseado no que não somos
Nosso construto foi invejado
por todos ao redor
algo que erigimos, com sonhos e suor
Superando as nuvens, almejando o céu
Nem vimos quando ruíu
A nossa torre de Babel
Hoje falamos línguas diferentes
e mal podemos nos comunicar
e entre dois pares de braços
um abismo se criou
E ficamos distantes,
ficamos pequenos no horizonte
Nunca mais voltei a torre
nunca mais empilhei meus sonhos
nunca mais dei as costas ao mundo
nunca mais
nunca mais
Porém ainda olho para cima
e assim, contemplo o céu
E sinto falta de nós dois, em nossa torre de babel
Alheios a tudo
Alheios ao mundo
felizes
Okarruna = Luiz Volpato hehehe! bem vindo mesmo, amigo! Seus versos são lindíssimos e sentidos.
Seja sempre bem-vindo!
Vamos unir forças, gente, porque o facebook tá danado de viciante. É muito veloz e então a arte se perde um pouco por lá. 😉
Concordo que os anos 80 estavam pululando de ideias e que foram gradativamente se apagando aos nossos olhos. Mas nossos olhos envelheceram também. Existem novas ideias e formas de expressão que ainda temos dificuldade para reconhecer. embora a geração “Y” viva na lei do menor esforço, reconheço que suas ideias são simples, rápidas e as vezes sem necessidade de muita explicação.
Ainda tenho minhas resistências, mas acredito no ser humano. E por vezes ele me é capaz de surpreender.
Louis, obrigado pelo convite.
Day, seu blog é de um conteúdo de muito bom gosto!
Luiz Guilherme
Olá, querido Okarruna. Sua posição é bem interessante. Seja sempre bem vindo. O espaço é nosso.
Abraços e muito obrigada. 🙂
Que bom! Espero que possamos nos conectar a outros como nós!
Mas vc Lou, é daqueles que captam as energias das outras gerações, assim como a minha captou power flower, beatniks, e por aí vai… Vc e o Luiz não contam 😉
Tua geração é a última mais criativa-criadora… depois veio pouco, até o meio dos anos 90… em comparação aos 80… a minha geração não contribuiu….depois só o vazio… nós perdidos sem referenciais marcantes…
Eu estava conversando com um amigo sobre os anos 80, e a sensação que tenho é que nossos castelos de sonhos de liberdade, Nietzsche, etc, foram, gradativamente, substituidos pelos internautas e suas referências dúbias. Fazer o quê? A fila anda, e… nunca mais… nunca mais. Lindo!!!