Ora penso, ora existo. (Paul Valéry)

 NO AFÃ DO PENSADOR

Não me ocorre, no momento, um adjetivo à altura de Paul Valéry que se destaca, em minha opinião, dos demais pensadores por ter o dom de fazer qualquer mortal (eu) pensar – eu ia rir mas é sério. Um poeta, filósofo francês do séc. XIX que dentre outros influenciou o querido Sartre.

O que quero dizer é que a partir desta citação de Paul Valéry eu viajei…

 Penso, quando estou e consigo estar só, no planeta. Trata-se de um recuo obrigatório que muitas vezes me faz olhar o mundo de uma forma peculiar. É quando dou asas à minha idiossincrasia e me sinto livre para julgar e até condenar as pessoas. Não, melhor dizendo, segundo  Jeffer Maleski , julgar os atos das pessoas. Viro juíz e posso sentir ódio e todas as sensações pertinentes à mim porque sou ser humano e posso querer estudar o mundo que habitamos, desprezar os tolos, rir de mim e condenar a quem quer que seja. Assumo atitudes arrogantes e posso mesmo sentir-me Deus, para depois recolher-me à minha insignificante figura em meio a bilhões de outros seres – árvores, anjos, gentes, mamíferos e aves… É quando penso que nada é importante, ou visceral, cabalístico ou real. Se somos apenas o que pensamos, então sejamos um amontoado de pensamentos desconexos ao léo, em busca de sabedoria nos céus platônicos e longínquos…

É quando percebo que não há misericórdia e os sábios, filósofos e pensadores fazem sua parte. Eu prefiro sair para tomar o vinho de Baco…

Existo, quando ouço um reggae de uma banda de amigo que cita Paul Valéry como um convidado a dançar ao som de uma orquestra pra lá de swingada aqui de Vila Isabel – RJ.

O nome da banda é ‘Orquídea Negra’ e o compositor e líder, é um português, o Francisco Trindade (coisas de Brasil). Uma maravilha.

Parte da letra de uma canção da banda (não a que tem Paul Valéry porque esqueci a música):

“No afã de beijar teu seio

Doce creio/se fosse uma maçã

Uma maçã.

Mas é até sarcástico/gosto de plástico

No elástico do sutiã…

É até sarcástico/gosto de plástico

No elástico.”

Então… dançar reggae é existir!   ;)